A ovinocaprinocultura no Brasil

A ovinocaprinocultura é hoje uma das esperanças do agronegócio brasileiro. Segundo o IBGE, o Brasil possui 14 milhões de cabeças distribuídas por todo o país, porém concentradas em grande número no estado do Rio Grande do Sul e na região nordeste, o que lhe garante o 18º lugar do ranking mundial de exportações.

Os produtos originados da ovinocaprinocultura têm crescente procura e aceitação no mercado interno e externo: carne, leite e pele. Para atender à demanda de mercado, começam a ser observadas mudanças nos segmentos de produção e comercialização, com o surgimento de criadores cada vez mais especializados na caprinocultura de corte ou leite e na ovinocultura de corte, que têm em muito superado a condição de produtores para o mercado local ou autoconsumo. O abastecimento dos mercados urbanos de carne, leite e seus derivados constitui o foco principal da atividade, onde a carne assume uma posição de destaque ao ser comercializada em ambientes especializados a preços compensadores.

O momento atual, embora bastante favorável aos produtores, é também um momento de grande expectativa para toda a cadeia produtiva deste agronegócio. Essa expectativa decorre da necessidade de modernização de importantes elos desta cadeia, principalmente nos segmentos localizados ao pós-porteira das fazendas, nas atividades agroindustriais, nas ações mercadológicas, na distribuição e comercialização dos produtos.

Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura

Na última década, ocorreram mudanças significativas para a consolidação da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura no Brasil. A atividade despertou maior atenção de governantes, técnicos e produtores, acarretando mudanças significativas em alguns segmentos dessa atividade, podendo-se destacar: intensificação da pesquisa voltada para produção de animais e beneficiamento de seus produtos, crescimento do nível de organização dos produtores, aumento da absorção das novas tecnologias, maior atuação dos agentes financeiros para facilitar o acesso ao crédito e, o mais importante, aumento da demanda por produtos derivados de caprinos e ovinos.

No entanto, a cadeia da ovinocaprinocultura apresenta alto índice de informalidade decorrente, dentre outros fatores, da precária fiscalização oficial e de certos aspectos do ambiente institucional, que favorecem a existência do abate clandestino. Essa informalidade leva a um cenário de insegurança, tanto na área sanitária, como na área econômica, prejudicando, principalmente, a prospecção de crescimento futuro do rebanho. Aliado a isso, a farta legislação federal e estadual sobre a inspeção sanitária de produtos de origem animal, torna muito complexa uma coordenação mais eficiente por parte dos órgãos públicos responsáveis pela legislação.

Nesse sentido, a busca por legislação e políticas eficientes que resguardem e que estimulem o crescimento dessa cadeia é estratégico para a agropecuária nacional, proporcionando diretamente a abertura de novos mercados.

Estruturas de apoio

Como forma de dar sustentabilidade ao setor, é necessário que seja incrementada uma articulação política que busque a valorização e o intercâmbio com as instituições de pesquisa, ensino, desenvolvimento regional, creditícias, de classe e política.

Conclusão

Os estudos comprovam a importância do agronegócio da ovinocaprinocultura, como estratégia para o desenvolvimento rural, especialmente o pequeno produtor, e pode gerar um grande impulso na economia do país. A criação da Frente Parlamentar de Apoio à Ovinocaprinocultura – Frente OVINO vem para apoiar a ovinocaprinocultura brasileira.

A ovinocaprinocultura no Brasil

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